Esta semana está sendo marcada pela crise diplomática entre Brasil e Israel, após Lula (PT) ter (corretamente) comparado ao Holocausto nazista o genocídio promovido pelo Estado judeu contra o povo palestino na Faixa de Gaza. Em razão da crise, o governo do Primeiro-Ministro Israelense, o ultradireitista e fascista Benjamin Netanyahu, declarou Lula ‘persona non grata’ e exigiu um pedido formal de desculpas do presidente brasileiro, o que Lula já adiantou que não fará. Como resposta, o governo Lula chamou de volta ao país o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer.
Para nós, do MM5, é absolutamente correta a associação feita por Lula entre os ataques movidos por Israel contra o povo palestino e o Holocausto do regime nazista liderado por Adolf Hitler. Israel é mesmo um Estado terrorista e genocida que se utiliza dos mesmos métodos de extermínio e limpeza étnica praticados pela Alemanha nazista durante a II Guerra Mundial. Vejamos.
Desde o início dos ataques militares israelenses contra a indefesa população civil da Faixa de Gaza, cerca de 30 mil palestinos já morreram, a maioria deles crianças, mulheres e idosos que pereceram sob os escombros resultantes dos bombardeios quase diários promovidos pela aviação sionista.
Na Faixa de Gaza, praticamente toda a infraestrutura já foi destruída, incluindo escolas, hospitais, redes de esgotos, distribuição de água e alimentos. Além dos ataques aéreos quase que diários, comandos militares do exército de Israel realizaram inúmeras incursões na Faixa de Gaza para assassinar e trucidar palestinos, alguns dos quais foram mortos até mesmo quando estavam acamados em hospitais.
Israel também boicotou os esforços internacionais para que comida, água e medicamentos chegassem à Faixa de Gaza, o que significa uma tentativa deliberada do Estado judeu de exterminar (até pela fome) a maioria da população palestina. O resultado é que, nos últimos três meses, mais de um milhão de palestinos foram forçados a deixar suas casas no norte de Gaza, deslocando-se para o Sul em busca de um destino cada vez mais incerto e aterrorizante.
Se isto não pode ser chamado de genocídio, então vivemos num mundo de absoluta e cínica manipulação da realidade. O que o Estado de Israel faz atualmente contra a população palestina em Gaza é o mesmo que o governo de Hitler fez contra os próprios judeus no Gueto de Varsóvia, durante a II Guerra. As mesmas táticas usadas por Hitler para sufocar os judeus no gueto e matá-los de frio e fome são agora aplicadas pelo Estado de Israel em Gaza. Um Estado manchado pelo sangue decorrente dos inúmeros massacres e genocídios que perpetrou desde a sua criação pela ONU, em 1948. Um Estado assassino, terrorista e títere a serviço do imperialismo na região do Oriente Médio.
Entre os inúmeros e inomináveis crimes cometidos pelo sionismo está o massacre nos campos de refugiados de Sabra e Shatila, no Sul do Líbano, em 1982. Na época então ministro da defesa, o carniceiro Ariel Sharon — que futuramente governaria Israel — atiçou cristãos contra muçulmanos, com o objetivo de fazer do Líbano um posto avançado do sionismo. Para viabilizar o massacre, tropas israelenses então invadiram os dois campos de refugiados, permitindo que falangistas libaneses maronitas assassinassem 454 civis palestinos.
A limpeza étnica atualmente em curso na Faixa de Gaza é, portanto, a continuidade de uma prática vigente desde a fundação do Estado de Israel. Uma prática que é a essência mesma do sionismo e sua política fascista.
O que Lula fez foi apenas dizer uma verdade que já tinha sido expressa por outros governos, como os da Síria, da Turquia e do Irã.
Combater e denunciar a política genocida do Estado de Israel é o mínimo que qualquer militante de esquerda digno deste nome deve fazer.
Venceremos!