Ao elogiar Delfim Netto, Lula (PT) lambe as botas da extrema direita

Ao elogiar Delfim Netto, Lula (PT) lambe as botas da extrema direita

Falecido nesta segunda-feira (12/8), aos 96 anos, o ex-Ministro da Fazenda Antônio Delfim Netto (foto) foi um dos principais elaboradores das  políticas de concentração de renda e super empobrecimento do proletariado brasileiro praticadas durante a Ditadura Militar implantada em 1964, após um golpe de direita que derrubou o então presidente João Goulart.

Como Ministro da Fazenda, Delfim Netto também foi um dos signatários do Ato Institucional nº 5 (AI-5), editado em 13 de dezembro de 1968, por meio do qual o regime militar aprofundou a repressão contra organizações de esquerda, torturando, matando e sumindo com os corpos de milhares de militantes em todo o país.

Tão logo soube da morte de Delfim Netto — e em total desrespeito à memória dos que tombaram na luta contra o regime militar —, Lula (PT) afirmou que o ex-ministro foi “um dos maiores defensores do que fizemos em políticas de desenvolvimento e inclusão social”. A repugnante declaração de Lula é mais uma de suas cínicas atitudes de conciliação com a extrema direita, tanto no Brasil quanto em nível internacional. Recentemente, por exemplo, Lula (PT) começou a demonstrar seu verdadeiro papel de agente do imperialismo, ao cobrar do governo Maduro a apresentação de atas da eleição presidencial realizada em julho na Venezuela. O papel de serviçal do imperialismo desempenhado por Lula tem sido tão grande que a líder da extrema direita venezuelana, Maria Corina Machado, agradeceu publicamente o apoio recebido pelo presidente brasileiro.

Ao elogiar Delfim Netto, Lula enalteceu, mesmo que indiretamente, o chamado ‘milagre brasileiro’ vigente durante o governo Emílio Garrastazu Médici (1969-1974). Concebido por Delfim Netto, o ‘milagre brasileiro’ foi uma política econômica que, além de aumentar a miséria do proletariado em níveis sem precedentes, promoveu o surgimento de uma classe média de ideologia escravocrata e abertamente fascista. Base de sustentação para Bolsonaro e seus asseclas.

Venceremos!

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